quarta-feira, 16 de março de 2011

Fora Yanke Imperialista!



É certo que podemos considerar os Estados Unidos como a “glória e o flagelo” do colonialismo europeu, resumido no sucesso de sua filosofia capitalista-imperialista básica dos recentes 200 anos, mas isto não justifica uma agressão ao ícone da mesma forma de sociedade que escolhemos para a nossa nação, ou alguém, tirando os poetas e os loucos, ousa defender nas “conversas de botequim” o fim da propriedade privada por estas bandas?

Refiro-me à histórica visita do Presidente Estadunidense a Presidenta Brasileira, que marcará, em nosso solo, uma mudança de rumo nas relações bilaterais, desgastada por anos de loucuras de seus ex-presidentes.  

A agressão, se consumada, dar-se-á no discurso aberto ao público que o Presidente Obama, fará na Cinelândia, centro da cidade do Rio de Janeiro, cujo tema certamente remete ao estreitamento das relações entre os dois países, sendo aguardado com muita ansiedade pelo Governo Brasileiro, justificada pela expectativa de grandes anúncios nas áreas políticas, militares e comerciais, satisfazendo assim a todos que tem contatos com o poder.

Do ponto de vista racional, os efeitos deste encontro podem ser gigantescos se pensarmos em montar uma parceria duradoura ao invés de brigarmos por ideologias mortas. Marx morreu, Morrin está vivo! O mundo só crescerá sob a baliza da “Colaboração”.

Pense em nossa biodiversidade, reservas minerais, parque industrial instalado, localização geográfica estratégica, e lógico as recentes descobertas petrolíferas aliados a maior economia do mundo em uma região toda integrada por terra, um mercado “Pan-Americano”, que controlasse o fornecimento de matérias-primas para a segunda maior economia do mundo, a China, e para o resto dos europeus.

Alguns podem dizer que isto é utopia, mas com os recentes acontecimentos no Japão, ficou claro que o mundo tem de crescer para outras bandas, e o Brasil é a “bola da vez”, neste caso devemos agir como líderes mundiais, principalmente demonstrando educação durante as visitas de outros líderes, escutando-os para negociarmos bem e melhor.

A agressão, o protesto, será patrocinado pelas Centrais Sindicais, movimento dos “Sem-Terras”, Ongs diversas e a UNE (União Nacional dos Estudantes).

Desconsiderando a falta de educação, a baixa representatividade e o fato de todas estas entidades serem ligadas ao PT, que por acaso é o governo e como citado quer consertar anos de desperdício de energia em batalhas perdidas, torna-se necessário também demonstrar as razões individuais pelas quais elas não poderiam protestar.

As Centrais Sindicais, cópias dos sindicatos de filmes hollywoodianos, já apoiavam governos ditatoriais desde seu criador Getúlio Vargas, atingiram o limbo ao se entranharem na administração do Governo com Lula e se calaram com os R$ 545,00 que Dilma pagou-lhes com a presença nos Conselhos de todas as Estatais, agora também são capitalistas legítimos. Que moral tem para protestar contra a forma capitalista de exploração? Tem de bater palmas ao maior líder sindical do mundo e com muito entusiasmo!

O movimento dos “Sem-Terras”, por ser revolucionário e de vanguarda mundial poderia protestar sim, mas não deveria, uma vez que o Presidente Obama é negro, meio muçulmanos, de origem pobre, representando uma chance de reconhecimento mundial ao MST. Perderão talvez a única oportunidade de poderem ser reconhecidos pelo Governo Dilma e pela sociedade brasileira, com o protesto ganharão a ira dos dois. Será um grande “tiro no pé”!

As Ongs em questão são todas dependentes de repasses financeiros das Estatais, como as multinacionais Petrobrás e Eletrobrás. Portanto cidadão as faixas do tipo “Go Home” ou “F@#*” que você verá na Cinelândia serão pagas com o seu dinheiro e representam a ala conservadora do PT que defende Stalin, Cuba, Chavez, Zimbabwe e até Kadaffi. A Dilma precisa apenas de um pequeno motivo para cortar esta herança lulista, neste caso “cortar” significa parar de dar dinheiro público para elas, motivo pelo qual elas também não deveriam protestar, são as que tem mais a perder, pois vão perder as tetas em que mamam!

Já a Une é um caso a parte. Creio até que um caso perdido, pois parou mesmo no tempo. Até mesmo Lindenberg Farias, o seu presidente na época dos “caras-pintadas”, trabalha junto com Collor no Senado Federal. Fico triste em ver uma entidade com uma história tão bonita se manifestar através de megafones e máquinas de escrever com os mesmos brados de ódio de seus fundadores, enquanto seus representados usam notebooks, celulares e desejam colaborar para um mundo melhor.

O protesto será um fim melancólico de sua representatividade, pois a maioria dos estudantes claramente preferem escutar as novidades do “imperialista” do que os “jornais reacionários” patrocinados pela entidade, mesmo porque os alunos deverão fazer trabalhos escolares sobre a visita! Com este ato a UNE demonstra prepotência, amargura e uma enorme incapacidade de negociação, coisas que deveriam ser básicas para quem representa estudantes em uma democracia, além de ter sido cassada por uma ditadura militar!

Enfim, podemos até não concordar com a opinião dos outros, mas não devemos protestar antes de escutar o que o outro tem a dizer, especialmente um convidado, ainda mais quando certamente temos algo em comum, pois o mundo globalizado fez com que os problemas também sejam globalizados. Não podemos nos dar ao luxo de ignorar vozes, especialmente as que hoje ainda nos exploram, porém cada vez mais dependentes de nós!  

Vamos conversar! Se não for pela emoção, que seja pela educação, senão pela razão e nunca mais pela espada!

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